Atores

Marlon Brando é considerado um dos maiores atores de todos os tempos, alguém que, pela rebeldia, pela coragem, pela sua luta contra a injustiça, destacou-se como ícone de uma geração.
    Descendente de imigrantes irlandeses, Marlon Brando foi criado com duas irmãs mais velhas, Jocelyn e Frances. Em 1935 seus pais se separaram, e sua mãe mudou-se com os filhos para Santa Ana, na Califórnia. Dois anos depois, com a reconciliação dos pais, a família instalou-se em Libertyville.
   Em 1940, Brando entrou para a Academia Militar, em Fairbult, mas acabou sendo expulso por insubordinação. Em 1943 foi a Nova York, matriculou-se numa academia de teatro, dirigida pelo famoso Erwin Piscator, onde estudou o método de interpretação Stanislavski, com Setlla Adler.
Fez sua estréia na Broadway em 1944, com a peça "I Remember Mama". Dois anos depois, foi apontado pelos críticos como o ator mais promissor do teatro de Nova Iorque.
    Em 1947 atuou - por sugestão do diretor teatral e cineasta Elia Kazan - em seu maior papel no teatro, o de Stanley Kowalski, em "Um Bonde Chamado Desejo", de Tennessee Williams.
    A estréia cinematográfica de Marlon Brando foi como um veterano de guerra paraplégico no filme "Espíritos Indômitos". Em 1951, Brando aceitou fazer novamente o papel de Kowalski numa versão para cinema de "Um Bonde Chamado Desejo".
   A seguir filmou "Viva Zapata", em 1952, com roteiro do escritor John Steinbeck, e, depois, criou o inesquecível líder de gangue em "O Selvagem"(1954). Ainda no mesmo ano, com "Sindicato de Ladrões", Brando conseguiu seu primeiro Oscar, no papel de um homem lutando contra a corrupção e o crime.
   Seguiram-se vários filmes, entre os quais "Eles e Elas", "Casa de Chá ao Luar de Agosto", "Sayonara", "Os Deuses Vencidos", "Caçada Humana" e "Candy".
   O sucesso estrondoso veio em 1972, com o papel do mafioso Don Corleone, no filme "O Poderoso Chefão", de Francis Ford Coppola. Ganhador do Oscar de melhor ator, Brando recusou o prêmio em protesto ao tratamento dado por Hollywood aos índios americanos.
   No mesmo ano foi lançado "O Último Tango em Paris", um filme polêmico em que Brando contracenou com Maria Schneider em calorosas cena de sexo que fizeram o filme ser proibido em vários países do mundo, inclusive no Brasil.
   Em 1979, o ator participou de "Apocalipse Now", também sob direção de Coppola, que se tornou um extraordinário sucesso.
   Brando casou-se várias vezes. Sua primeira mulher foi Anna Kashfi, com quem teve um filho, Christian, em 1958. Casou-se depois com Movita Castaneda, com quem teve outro filho, Miko Brando. Casou-se também a taitiana Tarita Teriipia, com quem teve dois filhos, Cheyenne e Teihoutu. Em 1970 adotou Petra Barret Brando. Uniu-se ainda a Cristina Ruiz, com quem teve Nina, em 1989.
   Sua vida familiar também foi marcada por processos milionários de ex-esposas e grandes tragédias. Em 1990, seu filho Christian assassinou Dag Drollet, namorado de sua filha Cheyenne. Em 1995 Cheyenne suicidou-se, lutando contra a depressão e problemas mentais.Nos últimos anos de vida, Brando viveu praticamente em reclusão, enfrentando recorrentes problemas com a bebida e com o excesso de peso. Mesmo assim, participou de vários filmes, fazendo papéis secundários, como "Don Juan di Marco" e "A Ilha do Doutor Moreau".
   Morreu aos 80 anos, vítima de complicações pulmonares, e deixou instruções detalhadas sobre seu funeral. Seu corpo foi cremado numa cerimônia reservada à família.
Fonte: uol educação

Frases: 
"Sempre penso que se eu não fosse ator teria sido um vigarista e acabado na cadeia. Ou talvez tivesse enlouquecido." 

 

"Passei a maior parte da vida com medo de ser rejeitado, e acabei rejeitando a maioria das pessoas que me ofereceram amor porque não conseguia confiar nelas." 

 

"A profissão mais antiga do mundo não é a prostituição, é a representação. Até os macacos representam." 

 

"Eu dou risada das pessoas que dizem que fazer filmes é arte e que os atores são artistas. Artistas foram Rembrandt, Beethoven, Shakespeare e Rodin; os atores são formigas operárias que participam de um negócio e labutam por dinheiro."  

 

"Não importa com quem você se case, sempre acorda casado com outra pessoa."

 

“Atuar é a expressão de um impulso neurótico. É uma vida vagabunda. O principal benefício que atuar tem me oferecido é o dinheiro para pagar o meu psicanalista.”

 

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Rock Hudson: Roy Harold Scherer Jr. era filho de um mecânico de automóveis e de uma operadora telefônica, os quais se divorciaram quando ele tinha 8 anos de idade.  Ao concluir o 2º Grau, trabalhou como carteiro e, durante a 2ª Guerra Mundial, serviu na Marinha como mecânico de aeronaves.  Com o fim da guerra, passou a trabalhar como motorista de caminhão. Em 1947, sua altura e boa aparência o levaram para o mundo do cinema, onde adotou o nome artístico de Rock Hudson.  Recebeu, então, aulas de atuação, de dança e de equitação.  Seu filme de estréia foi "Sangue, Suor e Lágrimas", de Raoul Walsh, 1948.

Até o final dos anos 60, trabalhou em mais de 40 produções cinematográficas.  A partir de 1970, apareceu esporadicamente em filmes para o cinema, passando a se dedicar mais a séries para a televisão.  Nesse período, seus maiores sucessos foram "McMillan and Wife" e "Dynasty".
Embora tenha sido um grande sucesso de bilheteria e um dos mais populares astros de Hollywood dos anos 50 e 60, Rock Hudson só teve uma única indicação ao Oscar, em toda sua carreira, por conta de sua excelente atuação em "Assim Caminha a Humanidade", de George Stevens, 1956.
Em novembro de 1955, casou-se com Phyllis Gates, sua fã e secretária de um influente agente de Hollywood, de quem se divorciou três anos depois.  Tal casamento foi considerado por muitos como um casamento de fachada.
A imprensa começou a desconfiar de que Hudson tinha sérios problemas de saúde quando ele esteve em Carmel no início de 1985.  Pouco depois, ele anunciou ser portador do vírus da Aids, vindo a morrer em outubro do mesmo ano.  Após sua morte, seu amante, Marc Christian, conseguiu na justiça o direito de ficar com sua mansão.


Curiosidades: 

    Liz Taylor admitiu que, durante as filmagens de Assim Caminha a Humanidade, sentiu-se atraída por Hudson. Tudo inútil, pois havia para o ator alguém bem mais atraente que ela - James Dean. Este era um bissexual assumido e extrovertido. Quando Dean morreu, Hudson chorou durante horas.


   Nas década de 1950 e 1960, figurou entre os dez astros de maior sucesso de bilheteria do cinema norte-americano. Quando os rumores começaram a circular em Hollywood que, ao contrário dos amantes românticos que ele interpretava no cinema, sua orientação sexual era outra, seu agente cinematográfico arrumou o casamento de Hudson com Phyllis Gates, sua secretária. Eles passaram a lua-de-mel na Jamaica e em  Manhattan. O divórcio se deu em 1958.

   Era visto em círculos homossexuais de Los Angeles,  São Francico e Nova Iorque. Sua imagem ficou seriamente abalada quando se espalharam boatos de que teria se "casado" com o apresentador de um show da televisão, o ator Jim Nabors. Este acabou perdendo o seu contrato quando o falatório chegou à CBS. Os dois não ousavam aparecer juntos e jamais se falaram novamente. Rock inclusive tinha medo de ir ao Havai, pois sabia que Nabors tinha uma casa lá.


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